terça-feira, 16 de outubro de 2012


Consumismo No Brasil
Consumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. É também uma característica do capitalismo e da sociedade moderna rotulada como “a sociedade de consumo”. O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas que juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir a indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima, a perturbação emocional e outros. O consumo domiciliar no Brasil deve registrar crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 13,5% em 2012, atingindo a casa de R$ 1,3 trilhão, segundo projeção do Pyxis Consumo, ferramenta de potencial de mercado do Ibope Inteligência. O resultado supera os números de 2011, quando o índice foi de 10,5%.
De acordo com Antônio Carlos Ruótulo, diretor de geonegócios do Ibope Inteligência, os fatores que sustentarão este desempenho são o crescimento do número de domicílios, o crescimento real da renda, principalmente na base da pirâmide, e o baixo índice de desemprego. 
A projeção do Pyxis Consumo é feita com base em diversas fontes (como Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, dados de empresas, análises setoriais e pesquisas) e abrange 51 grupos de produtos de 21 setores.
As classes A e B responderão por 54,3% do consumo, sendo 16,2% da A e 38,1% da B, mesmo representando apenas 27% da população. No entanto, separadamente, a classe C é que responderá pela maior parte do consumo (38,7%). 
“A classe C não tem consumo sofisticado ainda. Temos é mais pessoas consumindo o básico. O perfil de consumo continua o mesmo. A nova tendência a se observar nos próximos anos é a mudança da C para a B, porque haverá uma mudança radical de comportamento”, destaca Ruótolo. 
Ainda segundo os dados, a região Norte terá a maior expansão, com 26,5%, seguida de perto pelo Nordeste, com 24,1%. Na sequencia aparecem Sul (19,7%), Centro-Oeste (19,4%) e Sudeste (6,5%). Os resultados apontam uma tendência de a participação de cada região no consumo estar mais próxima do percentual da população que representa. 
“O consumo e a população estão mais equilibrados. O Centro-Oeste, por exemplo, está ficando mais parecido com o Sudeste. Está com muito vigor econômico”, destaca Ruótolo. Centro-Oeste, Sudeste e Sul têm percentual de consumo maior do que o percentual de população, com índices de 9,1% e 7,4%; 53,5% e 42%; e 16,4% e 14,3%, respectivamente. Com 8,4% da população, o Norte representa 5,2% do consumo. Já o Nordeste tem 27,8% da população e 15,7% do consumo.

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